Estilhaça-me - Resenha Crítica

Olá leitores, como estão?

Quem me conhece sabe muito bem que eu não gosto nem um pouco da série da Tahereh Mafi e até hoje eu não descobri o motivo ao certo. Então, resolvi dar os meus livros para a Carla, minha amiga, que resenhou todos eles para o blog! Achei legal a ideia, porque assim vocês terão um outro ponto de vista, etc. Vou começar publicando a resenha do primeiro livro, o Estilhaça-me, ok? 

Título: Estilhaça-me - Livro 1

Autor: Tahereh Mafi

Editora: Novo Conceito

Número de Páginas: 304

Avaliação do Conteúdo: 4/5
                       Capa: 5/5
                       Diagramação: 5/5

Onde encontro? aqui, por R$25,40

O livro conta a história de Juliette e o título já diz tudo! O toque dela é letal e, sendo assim, ela também não pode ser tocada. É considerada um monstro e jogada por assim dizer em um manicômio e lá fica, sem qualquer colega de quarto e nem nada. Percebemos logo no começo se tratar de uma garota introspectiva, por assim dizer, mas não podemos culpá-la, ela não tem contato com o mundo de fora, a não ser por uma janela minúscula, há anos.

“O mundo é achatado. Sei porque fui atirada da margem do planeta e há dezessete anos ando tentando me segurar. Há dezessete anos tenho tentado escalar de volta, mas é quase impossível quando ninguém está disposto a lhe dar a mão.”

Tudo está como foi até quando Adam é colocado em sua cela. Ela o reconhece, mas prefere não acreditar que ele é quem ela pensa ser. Ele conta para ela o que os Pacificadores estão fazendo, no caso, dominando o planeta. Ele faz perguntas, mas ela sempre se esquiva das respostas.

Juliette mal sabia que ainda conseguia falar até a chegada deste colega, afinal, como já disse anteriormente, ela passou anos e anos sozinha. Sua única companhia é um caderninho em que escreve economizando a tinta da caneta. Tudo corre bem até que ocorre uma reviravolta na história, e descobre que Adam não é quem parecia, e é quando aparece Warner, um dos líderes de Pacificamento, que mudará completamente a vida dela. É então que aparece o romance da história, e é descoberto que Adam, diferentemente de todos, pode tocá-la.

Muitas vezes parece confuso o desenrolar das coisas. Durante a leitura, temos que pensar que o mundo não é mais o mesmo, não há mais comida para todos, não há animais nem aves e o contato humano para ela não existe, por isso ás vezes parece ser algo irreal.

“Os pássaros costumavam voar, é o que as histórias dizem. Antes de a camada de ozônio ter se deteriorado, antes de os poluentes terem transformado as criaturas em algo horrível incomum.”

Como definir o relacionamento de Juliette com o mundo? Um tanto confuso para saber se ela realmente gosta de alguém ou se seus sentimentos são reais. Acredito que sejam, mas por vezes parece forçado, como se ela só quisesse aquilo por não ter contato com nenhum outro humano. Achei que era um erro da autora não demonstrar os sentimentos da personagem principal, ainda mais que o livro é narrado em primeira pessoa, mas depois percebi que era isso que tornava a história diferente, pois, com o tempo, vamos entendendo o sentimento dela em relação a Adam e muitos fatos sobre os Pacificadores passam a ser explicados.

No começo, pode parecer um tanto irritante a quantidade de vezes que um mesmo assunto é tratado, pois é uma leitura que parece que não flui em certos momentos, mas com o desenrolar da história isso passa! Além disso, em cada folha do primeiro capítulo, há gravuras acima do número, que lembram a forma de vidros  se estilhaçando. Gosto quando há esses detalhes diferentes na diagramação!

Indico o livro para quem gosta de temas como este e também para quem não gosta, pois o romance que envolve a história realmente faz com que nos prendamos a ela. Terminei o livro em dois dias porque não conseguia parar de ler até saber o que aconteceria com Juliette. É uma distopia que não me arrependi de ler, pois acredito que o romance é realmente envolvente e a realidade que é mostrada é bem marcante.

Beijos,

Caroline/ Carla Wolf.