13 de novembro de 2016

O último adeus - Resenha Crítica

Muita gente escolhe livro pela capa. Eu sou do tipo que escolhe por editora e, claro, pela sinopse. Mas se eu compro 1, 2, 3 livros de uma mesma editora e eles são incríveis, a minha compra se baseará nos lançamentos da mesma. Foi assim que comprei "O último adeus", de Cynthia Hand

Neste ano reli toda a coleção de Harry Potter (em inglês), alternando cada volume com algum livro de marketing ou outro em português, senão o cérebro buga no inglês e é isso aí. 

Sou fissurada pela editora Darkside e pelo carinho que eles tem ao publicar uma edição mais maravilhosa que a outra dos livros. Depois de morrer de amores por "A menina submersa", acabei optando por "O último adeus". A editora já havia me conquistado e a sinopse me fisgou de vez. ❤️


Título: O último adeus | Autor: Cynthia Hand | Editora: Darkside | Número de páginas:368 | ISBN: 9780062318473 | Compare preços aqui

Se eu tivesse começado a leitura no mês de setembro, esta seria a história perfeita para apoiar a campanha do #yellowseptember, uma vez que o tema central do livro é o suicídio. Mas enfim, antes tarde do que nunca, não é mesmo?

A história é narrada em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que teve sua vida abalada desde que seu irmão de apenas 16 anos, Tyler - ou Ty - cometera suicídio na garagem de sua casa em um dia aparentemente normal. 😢

Ela e sua mãe definitivamente não estão bem com a perda repentina do garoto e agora precisam entender que, em casos assim, não existe exatamente algum culpado e que precisam mais do que nunca seguir em frente. 

"O tempo passa. É a regra. Independente do que aconteça, por mais que pareça que tudo em sua vida está congelado em um determinado momento, o tempo segue em frente."

Lex está no último ano do Ensino Médio e prestes a entrar na faculdade, no tão sonhado MIT. Mas, como se sentir feliz diante da perda e da saudade do irmão? A garota, inteligentíssima, principalmente em matemática, acaba se afastando de seus melhores amigos e terminando o relacionamento com seu namorado. Já sua mãe, se acaba no álcool após seus longos expedientes como enfermeira para aliviar a dor de ter perdido seu filho e também do divórcio. 

A pedido de seu terapeuta, Lex começa a escrever em um diário para tentar expressar seus sentimentos presos dentro do peito, uma vez que não consegue se abrir com ninguém sobre o ocorrido. Um dos maiores questionamentos de Lex é por que todos estão seguindo adiante com suas próprias quando algo assim acontece. 

Livros como este trazem lições incríveis e, pelo menos na minha opinião, me fazem refletir um bocado sobre a vida. O que faz uma pessoa abrir mão de um futuro? Essa é uma pergunta bastante difícil de responder, uma vez que só é possível julgar quando vivemos exatamente o que a vítima viveu. 

A melhor definição para este livro está em um comentário da Booklist: brilhante e ao mesmo tempo de estilhaçar de dor, com vida e esperança. 

“Um romance emocionalmente complexo e poderoso que permanece com os leitores muito tempo após fecharmos o livro. Brilhante e ao mesmo tempo de estilhaçar de dor, com vida e esperança." -  BOOKLIST 


Enquanto o estava lendo, não conseguia largá-lo e, quando passei da metade, tentei desacelerar para não acabar logo com a história de tão boa que ela era. Sabe aquele livro que você fica lendo na cama até o sono te consumir? Então, é esse. 

O livro é triste? Sim, demais. Porém nos mostra a necessidade de seguir em frente diante de situações que envolvem a perda. E, no final, tudo se encaixa. Posso te garantir. 😉

"Cada dia de vida é uma página nova no livro do tempo."

Se eu recomendo? Sem sombra de dúvidas! Foi um dos melhores livros que li no ano e estou morrendo com uma bela "ressaca literária". Estou com saudades de Lex, acredite se quiser. 

Cinco estrelinhas, baby. 




Um comentário :

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