17 de outubro de 2016

Harry Potter and the Cursed Child - Resenha

Quando descobri que lançariam o livro do roteiro da peça “Harry Potter and the Cursed Child”, que, infelizmente, só foi encenada em Londres, tratei de fazer um “revival” com todos os sete livros da série, dessa vez a versão em inglês (#ficaadica pra quem quer treinar reading!).

Bem quando estava lendo “As Relíquias da Morte”, surgiu a versão hard cover de “The Cursed Child”, também em inglês, com um preço maravilhoso na Amazon (R$59,90 – acreditem se quiser!) e é claro que comprei o meu exemplar. Assim que ele chegou, deixei ele na estante, só aguardando ansiosamente o momento em que terminaria de ler o sétimo para dar sequência à história.


Assim que comecei a ler “The Cursed Child”, fui transportada para uma terra de magia e não consegui desgrudar do livro, também pelo fato de ter sido escrito em formato de script, o que deixa a leitura mais fluída. Ele começa EXATAMENTE onde para o sétimo livro: dezenove anos depois, com Harry, Ginny e seu filho do meio, Albus Severo, na plataforma 9 ¾ para embarcar pela primeira vez no Expresso de Hogwarts.

Albus claramente estava ansioso e nervoso quanto ao seu futuro na escola, temendo que o chapéu seletor o colocasse na Sonserina. Essa passagem do livro me marcou muito, pois Harry tenta acalmá-lo dizendo que não haveria problema nenhum se ele caísse na Sonserina, pois um dos homens mais corajosos que ele já conheceu era dessa casa – Severus Snape.

Assim que Albus e Rose Granger-Weasley embarcam no Expresso de Hogwarts, acabam entrando num compartimento onde um garoto já estava sentado, este de aparência bem pálida e cabelo loiríssimo: Scorpius Malfoy. Quando Rose descobre quem é de fato o garoto, filho de um ex comensal da morte, tenta tirar Albus de lá, mas ele decide ficar com o garoto ao invés de sua prima.

E é assim que começa uma amizade um tanto quanto improvável, mas mega sincera, entre os filhos de Harry Potter e Draco Malfoy, inimigos no tempo de Hogwarts.

"That's the thing, isn't it? About friendships. You don't know what he needs. 
You only know he needs it."

Chegando em Hogwarts, os alunos se dirigem para a cerimônia do chapéu seletor. Scorpius obviamente cai na Sonserina, Rose na Grifinória e – pasmem -, Albus também cai na Sonserina, deixando todos boquiabertos. Como se não bastasse isso, Albus é um péssimo aluno em praticamente todas as aulas e odeia Quadribol, fatos que acabam gerando uma comparação maldosa com seu pai, até então um dos bruxos mais importantes da história.

Albus não tem amigos além de Scorpius, que é um excelente aluno e bastante leal! Tá aí uma coisa: é melhor ter apenas um amigo de verdade do que vários interesseiros por perto. A amizade que eles constroem ao longo dos anos é o principal motivo que os mantém em Hogwarts, enfrentando as fofocas e os julgamentos dos outros.

Em certo momento da história, quando Albus está em casa, acaba ocorrendo um atrito entre ele e Harry, pois o filho não acha que o pai sente orgulho dele por não ser como ele fora em sua época de escola, não aprova sua amizade com Scorpius, entre outras coisas do tipo. E é a partir daí que a trama começa de fato. Albus decide voltar no tempo com Scorpius e tentar mudar alguns acontecimentos do passado, porém não se muda o passado sem interferir no futuro… Mexer com o tempo é muito perigoso! (agora não vou falar mais nada senão começarei a soltar spoilers rs)

“Harry, there is never a perfect answer in this messy, emotional world. Perfect is beyond the reach of humankind, beyond the reach of magic. In every shining moment of happiness is that drop of poison: the knowledge that pain will come again. Be honest to those you love, show your pain. The suffer is as human as to breath.”

Quando terminei a leitura e fui xeretar o que os outros Potterheads acharam do livro, vi que as opiniões estavam bastante divididas: muita gente amou e muita gente odiou! De verdade, teve gente falando que não sabia como a J.K. tinha permitido lançar algo como isso. Enfim, sou do time que super amou. 💛

Foi maravilhoso conhecer personagens novos, como os filhos de nossos protagonistas favoritos, e também rever os antigos, embora alguns tenham sofrido mudanças em suas personalidades (talvez seja por isso que muitos não gostaram).

Alguns personagens me surpreenderam positivamente, como o Scorpius, que é incrível, e outros negativamente, como a Rose, que não tem nada a ver com a mãe. Mas vale lembrar que esse livro é um script da peça teatral, não a sequência da série. Pra quem não curtiu o “The Cursed Child”, considere o sétimo livro como o final e pronto. Muitas coisas tiveram que ser pensadas para o teatro, que é completamente diferente do que uma história contada em um livro, não é mesmo?

Agora algo que continua sendo ressaltado, desde o primeiro livro da série é a importância da amizade e do amor na vida das pessoas. Esses dois sentimentos são extremamente poderosos – e nós sabemos o quanto!

Meu recado final é: leiam e tirem suas próprias conclusões! Mas só pelo fato de poder estar por dentro do mundo de Harry Potter novamente, com uma história nova, já é um grande presente para os fãs. 






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