Fique onde está e então corra - Resenha

Olá leitores, como estão?

Fique onde está e então corra entrou para a minha lista de desejados desde que a editora anunciara o seu lançamento. Já li uns três ou quatros livros que se passam em um período de guerra e eles me chamam muita atenção por sempre carregar uma mensagem que proporciona futuras reflexões a seu respeito.

Minha irmã ganhou-o recentemente e fui a primeira a lê-lo. Hoje venho contar para vocês as minhas impressões a respeito dessa obra. Confiram.

Título: Fique onde está e então corra

Autor: John Boyne
 
Editora: Seguinte

Número de Páginas: 224

ISBN: 9788565765404

Onde encontro? aqui, por R$19,90
                                                          

O cenário onde a história se passa é em Londres, logo quando a Primeira Guerra Mundial eclodira. No dia em que a notícia de que uma grande guerra se iniciaria, Alfie Summerfield estava completando seus cinco anos e, acredite, um dia que era pra ser de muita comemoração em sua família foi marcado por enorme tristeza. Fora neste dia em que seu pai decidiu se alistar para servir na guerra e, a partir de então, muita coisa mudara em seu lar.

Passaram-se quatro anos de guerra e a vida das pessoas estava um tanto quanto complicada. Alfie e sua mãe estavam a beira da miséria e, para que isso não acontecesse de fato, ela começara a trabalhar como enfermeira em vários turnos e costurar e lavar para fora. Alfie decidiu então ajudar também, em segredo, trabalhando como engraxate na estação de trem, pois só ia para a escola em dois dias da semana e teria um tempo livre para isso. As pessoas diziam que a guerra acabaria antes do natal daquele ano, mas Alfie não conseguia acreditar nisso de forma alguma.

Seu pai, Georgie, ainda não retornara para casa e havia tempo em que sua família não recebera carta alguma dele. A mãe de Alfie, Margie, dizia que ele estava em uma missão secreta, mas o garoto apenas julgava que seu pai já estava morto. Em um dia de trabalho na estação de trem, estava engraxando os sapatos de um médico que, por um descuido, derrubou a sua pasta no chão e dela saíram voando vários papéis. Alfie correu para recolhê-los e, em um desses papéis, pode ler o nome de seu pai. É aí onde a história começa a pegar fogo, pois Alfie descobre a verdade sobre o paradeiro do seu pai e vai fazer de tudo para tê-lo de volta, como há 4 anos, em sua casa.

Um aspecto que sempre consigo encontrar em comum em livros que se passam na guerra é a maneira como o narrador descreve a relação entre as pessoas em determinado bairro, comunidade, enfim, em um grupo e os detalhes para criar uma excelente ambientação. O autor dá características marcantes aos personagens, que com certeza fará você ficar imaginando como seriam eles seriam na vida real. Por exemplo, há um senhor vindo do Império Austro-Húngaro, dono de uma mercearia, pai da melhor amiga de Alfie e que, todas as vezes que ele aparece na história, é colocado entre parênteses a forma como ele realmente fala, o sotaque de Praga que carrega em seu inglês! Essa sacada é genial!

Devo confessar que a história começa de uma maneira bem lenta, que até parece que estamos empacados em um só lugar. Mas, de repente, a história deslancha e você não consegue mais largar o livro. Posso dizer que é uma história muito bem escrita e que retrata muito bem o período da guerra e tudo o que várias famílias e pessoas inocentes tiveram que vivenciar. São essas histórias que nos fazem valorizar a vida que temos e, acima de tudo, valorizar coisas tão simples, como ter a sua família sempre por perto, poder fazer boas refeições, etc. John Boyne me conquistou e espero poder ler mais livros dele em breve!

Beijos,
Caroline.