26 de julho de 2013

Você sabe o que é a Literatura Marginal?

Olá leitores, como estão?

Já faz um tempinho que eu gostaria de falar sobre esse assunto aqui no blog mas só agora conseguir elaborar esse post para vocês. 

Na faculdade em que eu estudo, vira e mexe tem palestras e coisas do gênero e, uma delas, foi sobre a Literatura Marginal, dada por ninguém mais, ninguém menos que o Ferréz, tipo O CARA desse gênero literário. Fiquei de boca aberta com a palestra e com o conteúdo dela que precisei passar pra frente isso. Espero que gostem do assunto! 


Em 1970 surgiu no Brasil um fenômeno denominado Literatura Marginal, onde eram os escritores moradores das periferias das grandes metrópoles quem expunham suas ideias e pensamentos através do meio literário, o qual até então era dominado, em grande parte, pela elite brasileira. 


Na escrita, essas pessoas marginalizadas por uma sociedade que não lhes dá voz alguma, encontraram um modo de propagar sua revolta e busca por reconhecimento social e também racial. 


Características dos textos: Linguagem coloquial; apelo visual com desenhos, fotos (nos livros) e grafites (nas revistas); recorrência de gírias do hip hop e das periferias; uso do palavrão; utilização da linguagem das periferias urbanas com construções escritas que destoam da norma culta.

Temas recorrentes: Vida e prática dos membros das classes populares; e problemas sociais, como: violência, carência de bens e equipamentos culturais, precariedade da infra-estrutura urbana, relações de trabalho – predominantemente associados ao espaço social da “periferia”.

Autores importantes: Ferréz, Sergio Vaz, Sacolinha, Alan da Rosa, Dinha e Rose da Coperifa. 


Como o meu primeiro contato com a literatura marginal foi com o Ferréz, lhes apresentarei um pouquinho sobre quem é essa pessoa!

Ferréz, nome artístico de Reginaldo Ferreira da Silva (São Paulo, 1975) é um romancista, contista e poeta. Ligado a corrente considerada literatura marginal por ser desenvolvida na periferia das grandes cidades e tratar de temas relacionados a este universo. Dotado de linguagem influenciada pela variante linguística usada na periferia de São Paulo, Ferréz já publicou diversos livros, entre eles Fortaleza da Desilusão (1997), Capão Pecado (2001), Amanhecer Esmeralda (2005) e Ninguém É Inocente em São Paulo (2006). É fundador do 1DaSul, grupo interessado em promover eventos e ações culturais na região do Capão Redondo, ligados ao movimento hip-hop. Também possui um quadro próprio no programa Manos e Minas da TV Cultura, chamado "Interferência" onde entrevista pessoas para comentar sobre rap.

Estes são alguns de seus títulos publicados:


1. Amanhecer esmeralda (2005)
2. Deus foi almoçar (2011)
3. Ninguém é inocente em São Paulo (2006)
4. Manual prático ódio (2003)


Existe um livro que eu estou louca para lê-lo, também do Ferréz, e que se possível irei comprá-lo no mês de agosto. Será o primeiro livro que lerei com esta temática, por isso a ansiedade. Confiram abaixo a sinopse dele:

Capão é um lugar abandonado por Deus e batizado pelo Diabo. É miséria, violência, droga e morte. É o retrato dos "mano", das "treta" que a moçada faz para se virar - e cada um se vira como pode. É o fim da linha. Usando a linguagem do gueto, alimentando-se daqueles personagens tão reais e sem futuro, Ferréz construiu uma narrativa original. Capão Pecado, seu livro de estréia, provocou o leitor ao revelar o cotidiano da periferia. Como o próprio autor disse há cinco anos atrás: Capão é um livro de mano para mano. É ácido e violento. É um grito. Ao contar a história de Rael - um garoto cujo sonho era ser escritor, mas o grande pecado foi ter se apaixonado pela namorada do melhor amigo - Ferréz expõe os códigos de uma das favelas mais violentas de São Paulo. E com este romance emocionante, ganhou visibilidade. Tornou-se um dos nomes mais importantes da literatura marginal, investiu na carreira de rapper e passou a colaborar para a revista Caros Amigos.


E vocês, já sabiam o que era essa tal de Literatura Marginal? O que acharam dela? Já conheciam ou já tinham lido algo do Ferréz?  Deixe sua opinião nos comentários!

Beijos,
Caroline. 

30 comentários :

  1. Eu já sabia só que muito pouco,conheci mais através do seu post. Beijos e obrigado por visitar o meu blog :)

    http://www.blogdapaulinka.com/

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  2. Eu já tinha ouvido falar deste tipo de literatura. Mas não sabia que este livro "Deus foi almoçar" seguia mais ou menos esse gênero.
    Gostei bastante da postagem Carol.
    Bjokas

    http://livrosemarshmallows.blogspot.com.br/

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  3. Eu também já tinha ouvido falar, mais nunca me interessei. Sei que é um gênero interessante, e a forma como você o apresentou foi perfeita, parabéns!

    Abraços!

    http://pecasdeoito.blogspot.com.br/

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  4. Queria muito ler, achei bem legal :3
    Nhaaaac com granulado,
    Bonjour Une Glacée ♥ | Retribui?

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  5. Apesar de nunca ter lido nenhum livro do tipo, eu já conhecia essa literatura sim!!
    Na época de escola a professora até nos mostrou um vídeo super bacana sobre isso!! :)
    Ótimo post :D

    Beijos,
    Marcella
    Diário de Marcella

    - Facebook
    - Twitter

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  6. nossa nunca ouvi falar desse tipo de leitura, gosteii muito!!

    beijos!
    www.stylistme.com

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  7. Nunca tinha ouvido falar antes, amei! Tipo, escrever de uma forma coloquial, com muitas imagens, minha cara! kkkk.

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  8. Boa maneira de, digamos, se expressar. Nunca ouvi falar em Literatura Marginal, achei bem interessante!
    Vi sua entrevista no Pink Cookie e comecei a seguir aqui, adorei o blog. *-*

    Sweet Teen

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  9. Já tinha ouvido brevemente sobre, mas gente, é um gênero que realmente promoveria mudanças se fosse levada mais a sério e fosse mais reconhecida.. Muito interessante!


    Antes de Sonhar

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  10. Nossa eu não sabia mesmo. Já vi esse livro "amanhecer esmeralda" em algum lugar mas não me lembro onde. Fiquei até com vontade de ler.

    www.mundogarota.com

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  11. Eu nunca tinha ouvido falar, adorei!

    Beijoos, Ana Carolina.
    http://simplesglamour.blogspot.com
    Instagram: @simplesglamour

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  12. Confesso que nunca tinha ouvido falar,mas já imagina que existisse ... mas creio que deveria ser mais divulgado,afinal cultura não é só saber falar o português correto,as vezes uma gíria é a forma mais fácil de explicar devida situação né?

    Bjão ♥,obrigada pela visita.
    Tem sorteio no blog. Vem participar:
    http://paulinhaeasmulheres.blogspot.com.br/2013/07/novo-sorteio-do-blog-em-parceria-com.html

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  13. Nunca tinha ouvido falar acredita? Mais amei conhecer! Amei seu blog, seguindo segue de volta?

    http://newsdayoff.blogspot.com.br/

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  14. Também nunca tinha ouvido falar. Muito bom, adorei o post.

    http://todosteen.blogspot.com.br

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  15. Oi Cá, eu já tinha ouvido falar, tenho uma matéria na faculdade que chama Língua e sociedade, e estudamos um pouco disso, cheguei a ver um filme (que eu não me lembro o nome), em que era de integração entre negros e brancos em uma escola, e a professora dava livros fora do currículo escolar para eles lerem, e era essa dessa literatura marginal.
    vestindo-ideias.blogspot.com.br

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  16. Eu já tinha ouvido falar, mas muito vagamente. Achei MAIS INTERESSANTE ainda agora. Parece ser incrível. Vou até procurar uns livros com esse tipo de temática. :)

    Um beijo,
    Luara - Estante Vertical

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  17. Que post mais legal!! Eu conhecia pouco, não sabia de muita coisa...esse livro Capão deve ser muuuito bom, pela sinopse eu já gostei.

    Obrigada pela visita!!
    Beijão

    http://pretapretinhablog.blogspot.com.br

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  18. Já tinha ouvido falar, mas não é um assunto que eu domine. Espero poder ler mais livros do estilo.

    Beijos,
    Carissa
    www.carissavieira.com

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  19. Que legal, não conhecia esse estilo literário.♥

    PiinkCookie.blogspot.com

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  20. Eu nunca ouvi falar desse tipo de literatura até o momento. O tema é bem diferente e chamativo, fiquei curiosa para saber como são os livros! Vou esperar sua resenha para saber mais :D

    Beijos.

    Da Imaginação a Escrita

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  21. Oi Carol, nunca ouvi falar, mas seu texto foi bastante claro e interessante.
    Bjs, minha linda... :-)

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  22. Boa noite Carol.
    Particularmente eu não sabia.
    Faço parte de um grupo na watsapp que contém esse título e falamos muito sobre diversos assuntos, mais o foco principal é a literatura.
    Vim buscar por mera curiosidade o significado de "Literatura Marginal" e estou satisfeito com a descoberta.

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    1. Me inclui nesse grupo de whatsapp? 21-9-6407-8697. Obrigada

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  23. Boa tarde Carol. Gostei muito! Eu faço parte de um grupo literário em minha cidade (Barra Mansa - RJ) que já tem 41 anos e divulga os trabalhos de escritores locais. Nós vamos começar a publicar um pequeno jornal impresso e também digital, e eu gostaria que você me autorizasse a reproduzir a sua explicação no nosso jornal, é claro, informando que é um texto seu e que foi retirado de seu blog, colocando o endereço do blog no fim do texto. O jornal é gratuito, e sairá o primeiro número em julho. Você autoriza? Obrigado. Rozan

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  24. Olá Rozan, como vai?

    Fico muito feliz que tenha gostado deste texto, pois ele é especial. Sim, super autorizo vocês. Caso precisem de algo mais formal, mande um e-mail para criticandoporai@gmail.com onde possa enviar algum documento assinado para não ter problemas de direitos autorais. Ah, e se puder, gostaria de uma cópia do jornal! rs

    Fico no aguardo do retorno.
    Abs.
    Carol!

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    1. Muito obrigado Carol. Vou enviar o e-mail sim. E quando ficar pronto eu vou mandar o jornal. Parabéns pelo seu texto, pois é realmente muito bom. Abs. Rozan

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  25. Você poderia acrescentar Paulo Lins à lista dos autores de literatura marginal... Uma grande obra dele é "Cidade de Deus".

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  26. Você poderia acrescentar Paulo Lins à sua lista de autores da Literatura Marginal... Uma obra muito importante dele é "Cidade de Deus".

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  27. Parabéns, fui nascida e criada no capão e fico muito feliz por ver que a voz e a realidade da periferia está se espalhando e trazendo cada vez mais esperança!!! bjs

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  28. Um autor importantíssimo desse movimento, no qual a matéria não citou é Paulo Lins, o autor de Cidade de Deus. Mancada não terem citado ele visto que essa obra literária dele é tão importante para a literatura brasileira e que se encaixa na literatura marginal.

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