Kafka e a Boneca Viajante - Resenha

Olá leitores, como estão?

Meu nome é Wandy e sou o novo resenhista aqui do blog. Como primeira resenha, gostaria de lhes apresentar este livro que, acredito eu, muitos de vocês ainda não o conhecem. Espero que gostem!

Título: Kafka e a Boneca Viajante | Autor: Jordi Sierra i Fabra | Editora: Martins Fontes | ISBN: 9788599102862  |  Número de Páginas: 127

Kafka foi um famoso escritor do século XX e essa é uma das histórias dele. Porém, dessa vez ele não foi o autor e sim o personagem. Essa história foi contada por sua companheira da época e, em 2006, foi escrita por Jordi Sierra i Fabra, chegando apenas em 2008 ao Brasil. Pois é, Kafka e a Boneca Viajante foram lançados tem um tempo, mas vale muito a pena dar uma fuçada nas livrarias para tentar achar esta belezinha.

O livro conta que num de seus passeios pelo parque Steglitz, Kafka viu uma menina chorando por ter perdido sua boneca. Então, para acalmá-la, ele diz que a boneca não estava perdida e sim que ela estava viajando! E como ele sabia disso? Bem, ele era um carteiro de bonecas e até já tinha uma carta de Brígida (a boneca) em mãos, mas só a entregaria no dia seguinte. Mas, no dia seguinte, a menina, que adorou a carta que recebeu, já pergunta quando receberia a próxima, e eis a confusão em que Kafka se mete. Ele escreveu a carta para apaziguar o sofrimento da menina, mas se depois de receber a primeira carta, se a mocinha não tivesse mais notícias de Brígida, a dor que ela sentia voltaria e o trabalho teria sido em vão...

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É um livro curtinho. 127 páginas ao todo e algumas delas são de ilustrações. Dá para ler de uma só vez sem grandes esforços. Mas o que falta em tamanho sobra em qualidade! Falta em tamanho, é modo de dizer, porque ele acaba na hora certa. Não enrola, nem corre. A história se desenvolve com leveza e é muito, muito bonita! Não é daquelas que te deixam com o coração na mão batendo a um milhão por minuto. Não. Essa história, é daquelas que deixam o coração tranqüilo, quentinho e batendo com leveza de tempo em tempo. Isso se dá principalmente nos diálogos de Kafka com a menina, que esbanjam delicadeza e cuidado.
Vale lembrar que essa história teve inspiração na história que Dora Dymant, a parceira de Kafka, contou. Ou seja, ela não é um relato tal qual as coisas aconteceram. As cartas, os diálogos e o próprio final, vieram da imaginação de Jordi S. i Fabra. Mas nas palavras do próprio i Fabra: "O que aconteceu é tão belo em si mesmo que o resto carece de importância".
Então... é isso! 
Bons ventos! Wandy Ruthmann