Jogos Vorazes - Resenha Crítica

Olá leitores!

Tenho que confessar que odeio ler livros de filmes que acabei gostando, porque, quase sempre, os livros são bem melhores, estragando assim a experiência cinematográfica. Mas, seria quase um tipo de tortura ter de esperar mais de um ano para saber a continuação de uma história tão boa e intrigante quando a de Jogos Vorazes.

Não comprei o Box da série porque estava sem muito tempo para a leitura, mas, depois que li o primeiro volume, logo me arrependi. Está uma luta para achar o Em Chamas nas livrarias e, bom, acho que estou entrando em desespero. Acredito que a maioria dos leitores aqui do blog ou já assistiram o filme ou já leram Jogos Vorazes, então a resenha já não vai ser tão surpreendente assim, uma vez que nem eu sei como escrevê-la! Mas, pra quem ainda é leigo no assunto, lá vai ela rs.


"No tempo em que a trama se passa, os Estados Unidos já não existem mais. O que toma o seu lugar agora é Panem, uma nação governada por uma Capital rodeada por 12 Distritos. Cada um deles oferece tudo o que a Capital precisa e, nesse tudo, não estão inclusos apenas matérias primas, mantimentos, etc, e sim aquilo o que chamam de tributos. Todos os anos acontecem os Jogos Vorazes, nos quais 24 jovens – um casal sorteado de cada distrito, que tenha entre 12 e 18 anos -, lutam até a morte até restar um vencedor. Tudo isso para manter a “paz" e, claro, para relembrar toda a população de Panem quem realmente manda ali.

Os Jogos Vorazes são televisionados para toda a nação, como se fosse um reality show. Imaginem como deve ser um pai assistir o seu filho sendo morto brutalmente em uma arena simplesmente porque é assim que as leis mandam. As únicas pessoas que vibram nessa situação são as que moram na Capital, uma vez que não fazem parte disso. Neste contexto, eis que surge a protagonista Katniss Everdeen, uma garota do distrito 12 que tem mais responsabilidades nas costas do que a maioria das garotas de sua idade, pelo fato de ser ela quem sustenta a sua família composta por sua mãe traumatizada com a morte do marido e a sua irmã mais nova, Prim. Por infelicidade do destino, logo em sua primeira “colheita” (sorteio dos tributos de cada distrito), Prim é escolhida e, então Katniss se oferece como voluntária para ir no lugar da irmã. Logo, a garota se torna alvo de muitos olhares e de polêmicas, ainda mais quando não são costumeiros voluntários na arena.

Uma vez que um tributo é selecionado, sua vida não será mais a mesma. Ou ele luta e vence, ou ele luta e morre, pois apenas um ficará vivo. É difícil para um adolescente sair matando por aí, chega a ser chocante demais, extremista demais. No decorrer da história, ver as pessoas morrendo de uma forma tão injusta nos desperta uma sensação de revolta e, é justamente isso o que a maioria dos distritos sentem quando perdem um de seus tributos nos jogos. E, mesmo que um tributo saia vivo da arena, com certeza o psicológico dele não será o mesmo, pois passou por vários traumas. O que realmente importa nos Jogos Vorazes é se manter a salvo e, para isso, vale qualquer coisa."

São mínimas as diferenças entre o livro e a adaptação cinematográfica da história. O que acontece é que, no livro, ele é narrado pela Katniss, então tudo vem da visão dela, do que ela está passando no momento etc.

Tenho que admitir que gostei muito da narrativa, uma vez que assim conseguimos visualizar o lado humano que ainda resta dentro dos tributos que estão na Arena. A maioria não tem o coração ruim, só está ali para sobreviver e, conhecendo a história de alguns personagens maravilhosamente construídos, não tem como não desejar que apenas um saia vivo de lá! Além disso, aposto que toda garota que leu Jogos Vorazes desejou ter pelo menos um terço da coragem que exala de Katniss. Ela é incrível, uma verdadeira heroína!

Ah, e vale ressaltar que este não é um livro de ação/ficção/aventura/etc como qualquer outro publicado antes. É um livro que vai fazer você pensar realmente na sociedade e no sistema que nos cerca. Muitas vezes você vai ficar com raiva e, em outras, vai se emocionar também. E, são poucos os livros que conseguem fazer isso com a gente! Portanto, é mais do que indicado: é leitura obrigatória!

Beijos,

Caroline.