20 de junho de 2011

Entrevista#1: Diogo de Souza e seu Lançamento Nêmesis

Boa noite gente! :)

Fizemos uma entrevista com o Diogo de Souza autor da editora Dracaena, parceira nossa. Vejam!!

Criticando por ai: Olá Diogo, muito obrigada pela oportunidade. Conte um pouco sobre você aos nossos leitores.

Diogo: Quem sou eu? Ainda não sei. Sei mais hoje do que sabia ontém, mas ainda não consigo contemplar a dimensão total do Ser. É uma questão de tamanho. Eu acho que sou um terráqueo, que nasci neste mundo há 36 anos, acho que gosto de rock, anime, e qualquer série de fantasia que me apareça pela frente. Tenho quase certeza que adoro RPG, e desde muito cedo atuo em teatro: como ator, depois diretor e autor também. Gosto do silêncio, mas também do burburinho de amigos. Gosto de tranquilidade, mas também da correria da minha família. Me acho limitado, como ser dual, mas me sinto pleno, como espírito criado.


Lançamento Nêmesis junto a editora Dracaena
Criticando por ai: Qual a sua inspiração para escrever livros de ficção?

Diogo: Bom, eu tenho um enorme reservatório de memórias de histórias de ficção científica, fantasia, medievais e contemporâneas. A inspiração mesmo é um sentimento, uma pulsão, um ímpeto súbito de uma sensação que eu vivi e de repente tenho vontade de contar. A ficção, na verdade, é só a roupagem de que eu mais gosto.

Acho que a gente se atrai pelo conteúdo, mas se liga pela forma. Eu cresci imerso em histórias fantásticas, então é natural que eu busque uma expressão nesta área. É estranho esse negócio de inspiração. O que ela é, afinal? Para mim é isso: subitamente eu tenho algo para contar, e daí para frente, nada mais me segura.


Criticando por ai: Como surgiu essa sua vontade de escrever histórias? Há algo em especial?

Diogo: Surgiu desde que eu nasci, eu acho (ou antes?). Eu me lembro de bolar histórias mesmo quando eu era bem pequeno. Acho que é uma coisa de pessoa para pessoa. Há quem goste de desfrutar uma boa comida, e há quem goste de preparar uma boa comida. Eu nunca me contentei em apenas receber conteúdo, mas consigo identificar um desejo de tentar passar o que tenho a todo o custo. Isso é especial? Talvez, mas tanto quanto aquilo que cada um carrega no íntimo. O especial quem faz somos nós, individualmente. Há quem procure o especial fora, e há quem o descubra dentro. Tanto faz: o que importa é que uma vez descoberto, você nunca mais consegue ignorá-lo.


Criticando por ai: Conte aos nossos leitores um pouco mais sobre Nêmesis - O Retorno de Astarot.

Diogo: “Nêmesis” conta a história de uma família de magos modernos, os “Masters”, que em 1875 aprisionaram um dos maiores demônios da hsitória: Astarot. Agora, uma bruxa revelou, em profecia, que Astarot está se soltando, e quem irá libertá-lo é Isabela Zuckermann. Pobre Isabela, não tem a menor idéia do que está acontecendo ou que a magia é algo real. Os seguidores do demônio se apressam em protegê-la: para que ela possa cumprir a profecia, e os demais membros da família se apressam em matá-la: para impedi-la.

“Nêmesis” é uma história de descoberta, da superação em face a dificuldades impossíveis, da definição de si mesmo e da força que um caráter justo pode ter, mesmo contra o demônio em pessoa. É também uma metáfora sobre a liberdade, e sobre o poder que exercemos sobre nosso destino, com ou sem profecias.


Criticando por ai:  Com tantas séries de demônios, vampiros e acontecimentos sobrenaturais, no que você acha que Nêmesis se diferencia dos outros?

Diogo: Sinceramente eu não ligo a mínima para isso. Eu escrevo o que gosto, escrevo o que quero. Se quisesse fazer uma história de vampiros, eu faria. Se quisesse uma de anjos, também faria. Gosto de magos, então escrevi “Nêmesis”. É claro, pode ser que ninguém queira ler, mas pelo menos eu escrevo!

Afinal, o que é “novo” e o que é “batido”? Não pode ser só a forma. Então ninguém mais vai escrever ficção científica depois do Asimov, do Clarke e do Sagan? Eu acho que de repente surge um autor, um escritor, com uma mensagem legítima, um sentimento puro e desimpedido de artificialidades, e que consegue traduzir esse sentimento em palavras. Aí um bando de gente lê, se entusiasma, e confunde a forma com o conteúdo, dizendo: “É isso, a onda agora é vampiros”, ou “Anjos”, ou “Magos”, etc. Mas o que realmente chamou a atenção não foi o pano de frente da história, foi o pano de fundo, foi o subentendido.

Aí, um montão de pessoas escreve histórias com o mesmo pano de frente daquele autor, e surge um sem número de pastiches e colagens daquele tema. E pode ser que um desses novos escritores também tenha algo a dizer e realmente faça um livro bacana, e aí todo mundo diz: “Ah! Tá vendo? A onda agora REALMENTE é vampiros”.

Mas o principal, o que seria proveitoso mesmo, na minha opinião, é se a moda agora fosse a legitimidade, passar uma mensagem sincera, real, pessoal, porque isso – creio eu – sempre é muito poderoso, e será um poder que nunca ai se esgotar, com vampiros, anjos, magos, ou o que quer que seja.


Criticando por ai:  Você tem projetos para dar continuidade a essa história e torna-la uma série?
Diogo: Não. Nêmesis foi pensado como uma história fechada, com começo meio e fim, com personagens que se bastam nessas páginas. Eu tenho, claro, idéias de como eu PODERIA continuá-la, mas não tenho nenhum plano concreto. Há outras histórias que eu quero tentar, outras mensagens e outros cenários. Eu adoro mudar de ares, e os próximos livros que pretendo escrever não tem nada a ver com o Nêmesis – o que não impede, evidentemente, que em um futuro eu continue a história da Isabela. Afinal, o quanto uma pessoa pode se dar mal nessa vida? (leia e entenda).

Criticando por ai: Na mitologia grega, Nêmesis é uma Deusa, filha da Deusa de Nyx. Embora morasse no Olimpo, figurava a vingança divina. Há alguma relação entre essa "Nêmesis" e a Nêmesis do livro?
Diogo: Nada a ver. Nêmesis, no contexto do livro, é usado no sentido da palavra, mesmo: indica um inimigo final, uma dificuldade derradeira, uma situação a que você finalmente sucumbirá. Algo como: “As invasões bárbaras foram a nêmesis do império romano”, ou “Darth Vader foi a nêmesis de Obi-Wan-Kenobi”. A nêmesis de que o livro fala é o próprio Astarot, que é “a nêmesis” da família Masters. Esse nome se refere a um evento que ocorreu no século XIX, quando Astarot começou a assassinar os membros da família Masters, e por isso foi aprisionado. Naquela época, quando parecia que todos iriam morrer perante a fúria do demônio, eles disseram: ”Esta é a nossa Nêmesis”.

Criticando por ai: Muito obrigada Diogo. E para encerrar deixe um recadinho aos nossos leitores.
Diogo: Se vocês gostaram da proposta do “Nêmesis”, não deixem de ler também meus outros dois livros: “Abascanto, a sombra dos caídos”, e “Fuga de Rigel”.
Diogo de Souza 
Abascanto conta a história de seres de outra dimensão que pretendem salvar o mundo, destruindo-o, e um garoto que se vê envolvido neste plano, incapaz de lutar contra esses oponentes, descobrindo a cada página um pouco mais sobre seu passado e seu caráter.
Fuga de Rigel conta a história de um menino telecinético que foge da fundação em que vivia com o desejo de encontrar a família, que, ele descobre, estava viva. Mas os paranormais da fundação Cosmos não gostam da idéia de perder um aluno tão prodigioso, e tampouco tem o mesmo entendimento de “família” que o pequeno Rigel. A sua figa será marcada pela violência, pelo reencontro, pela dor e o prazer.
Um livro é uma criação a três: ele se inicia na mente do autor, mas só se completa na mente do leitor. Então eu também uso aqui o espaço a agradecer aos meus leitores, e desejar a todos uma boa viagem ao mundo dos Masters, Astarot, Isabela, Mark e Ariel.

E ai gostaram?
Logo teremos mais entrevistas por aqui, aguardem. :)

@aline__maciel e @carolvolodka

2 comentários :

  1. Aline,

    Te parabenizo pela excelente entrevista e ao Diogo pelo amor a escrita e toda criatividade posta em prática, para bem dos leitores.

    Ah! E a Dracaena, pelos execelentes lançamentos!

    Sucesso garota!

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  2. Muito obrigada Wilma. :) Seja muito bem vinda ao nosso blog e sempre que puder venha nos visitar. Foi uma honra tê-la por aqui. Beijos até mais.

    Aline.

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